domingo, 12 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
Meio Ambiente
Ataque à mata amazônica aumentou no rastro das mudanças no Código Florestal
Cleide Carvalho, enviada especial
RIO - A discussão do Código Florestal escancarou as portas da Floresta Amazônica para a devastação. Desde janeiro passado, grandes fazendeiros ou especuladores de terras passaram a derrubar florestas na expectativa de criar um fato consumado para se beneficiar de anistia a devastadores na Amazônia Legal ou, simplesmente, pelo medo de que as restrições pudessem ser aumentadas após a aprovação da nova legislação ambiental. Em Mato Grosso, estado que concentra a segunda maior produção de grãos do país, o efeito foi devastador, principalmente depois que o governador Silval Barbosa (PMDB), aliado da presidente Dilma Rousseff, sancionou lei concedendo anistia aos produtores até abril, véspera da aprovação do novo Código, que, pela proposta da Câmara, prevê anistia a quem desmatou até 2008.
Os satélites do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) registraram a derrubada de 480 quilômetros quadrados de florestas no estado, boa parte com o uso do impiedoso correntão. Esticada entre dois tratores, uma enorme corrente derruba as árvores pela raiz, ceifando todo tipo de vida pelo caminho. Ao final, as árvores são amontoadas. As toras são vendidas, e o resto é queimado.
Mas o desmatamento não é só com o correntão. Antes dele, passam os mateiros. Às 13h da última quinta-feira, O GLOBO estava diante deles. Seis homens, uns mais velhos e outros quase meninos, preparavam o trator para içar toras e encher um caminhão. Nem de longe pensavam que estavam fazendo algum mal. Cortar a árvore é um trabalho, e cortar a floresta por baixo é o que mais ocorre em Mato Grosso.
Eles trabalham para os madeireiros e odeiam correntões, como os usados na fazenda Santa Catarina, do paranaense Valdemiso Badalotti, e outras cinco. O motivo é simples: chamam a atenção dos fiscais do Ibama. Os mateiros trabalham discretamente, por baixo das copas das árvores, e só são localizados se a equipe de fiscalização voar baixo de helicóptero ou se for feita denúncia, o que é raro. Se por acaso forem flagrados, são presos e soltos.
Para derrubar, não há muito preparativo. O mateiro sabe para que lado o tronco vai cair e manda: "Fica do lado de lá". O barulho da motosserra não é nada. Dura uns dois, três minutos. Duro mesmo é ouvir o baque da árvore que cai sobre os galhos de outras.
Na venda, uma árvore como a iotaúba, escassa em algumas áreas, mas ainda presente nas mais afastadas das cidades, chega a R$ 250. Um madeireiro ouvido pelo GLOBO afirma:
- A árvore vai crescer de novo. Em cinco anos tem outra aí.
Leia na íntegra no GLOBO digital ( somente para assinantes ).
Com aquecimento atípico dos oceanos, seca atinge Amazônia
05/06/2011 - 06h00 | do UOL Ciência e Saúde
Deogracia Pinto
Da Agência Brasil
Em Brasília
Deogracia Pinto
Da Agência Brasil
Em Brasília
A seca não é mais assunto exclusivo da Região Nordeste. Nos últimos anos, outras regiões do país têm registrado o fenômeno, inclusive a Floresta Amazônica, que passou por dois eventos de seca, em 2005 e em 2010. A do ano passado, aliás, foi considerada a mais agressiva dos últimos 100 anos.
Segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Paulo Brando, dois ciclos climáticos causaram o fenômeno na floresta: o El Niño e o aquecimento do Atlântico Norte. Os dois eventos de seca da Amazônia, na avaliação de Brando, tiveram, provavelmente, a mesma causa, o aquecimento do Atlântico Norte, que mudou os ventos e tirou parcialmente a umidade que vai do Atlântico para o continente.
O pesquisador diz que ainda não é possível contabilizar os danos causados ao ecossistema. De acordo com ele, se as emissões dos gases de efeito estufa continuarem nos níveis atuais, a Amazônia poderá sofrer um aumento significativo da temperatura e diminuição das chuvas, acima da variação global média.
Fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na ocorrência de chuvas ou na distribuição irregular, a seca acaba prejudicando as plantações agrícolas. O problema é muito comum no Nordeste brasileiro. De acordo com registros históricos, o fenômeno aparece com intervalos próximos a dez anos, podendo se prolongar por períodos de três, quatro e, excepcionalmente, até cinco anos. As secas são conhecidas, no Brasil, desde o século 16.
Normalmente, a seca se manifesta com intensidades diferentes, dependendo do índice de precipitações pluviométricas. Quando há uma deficiência acentuada na quantidade de chuvas no ano, inferior ao mínimo do que necessitam as plantações, a seca é absoluta.
O município de Seridó, na Paraíba, por exemplo, fica na região do Semiárido, em plena Caatinga, bioma que se concentra no Nordeste e ocupa cerca de 12% do território nacional. Ali, a falta de chuvas pode durar até cinco meses. O prefeito de Seridó, Francisco Alves, relata que, em 2009, as chuvas foram tão escassas que os produtores perderam 70% das plantações. Lá, a principal fonte de renda é a agricultura.
Pesquisadores dizem que a seca é um fenômeno ecológico que se manifesta na redução da produção agropecuária, provoca uma crise social e se transforma em um problema político. As consequências mais evidentes das grandes secas são a fome, a desnutrição, a miséria e a migração para os centros urbanos.
O diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus, esclarece que o governo está implementando programas sustentáveis para a Caatinga. “A política para a região envolve também uma ação bastante articulada para se trabalhar a recuperação e o uso sustentável nessa perspectiva de minimizar o risco de desertificação”, afirma.
Segundo especialistas, para diminuir o avanço da desertificação, são necessárias ações para conservação do solo, da água e das florestas. É preciso também medidas de contenção de desmatamentos, queimadas, uso de agrotóxicos e a sensibilização da população, principalmente das comunidades rurais.
terça-feira, 31 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Escola ecológica
Rio de Janeiro inaugura primeira escola ecológica do país
Agência Brasil 20 de maio de 2011 (sexta-feira)
O formato de cata-vento da construção e o telhado verde reduzem a temperatura, em uma região em que ela ultrapassa 40 graus Celsius no verão. A escola está entre as 121 instituições no mundo com certificação Leed Schools (de liderança em energia e design ambiental) e é a primeira escola de ensino médio profissionalizante da região, que tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do município.
A iniciativa faz parte de um convênio entre o governo do estado e a empresa Thyssenkrupp CSA. O investimento de R$ 11 milhões foi arcado integralmente pela siderúrgica, a maior da América Latina.
O diretor de Sustentabilidade da empresa, Luiz Cláudio Castro, explicou que a construção da escola estava prevista no projeto de compensação por liberação de carbono, e que a ideia de uma construção sustentável surgiu para contribuir para reduzir os gases de efeito estufa.
Desde fevereiro, cerca de 200 alunos estudam na escola que foi oficialmente inaugurada hoje com a conclusão da piscina e da quadra poliesportiva. O estudante Leonardo Andreol, 15 anos, passou na prova seletiva para o colégio que oferece especialização em administração, com um computador por aluno e lousas digitais, com acesso à internet. “É uma escola diferente e aqui estou aprendendo que se a gente não conservar a natureza agora vai ficar bem difícil para as próximas gerações”.
O professor de química Agnaldo Pereira dos Santos disse que esta é a primeira vez que vê seu trabalho ser valorizado em seus 16 anos de magistério. “É muito gratificante, porque a gente [professores] já está há um bom tempo no estado e nunca havia visto uma resposta desta, com laboratório desta qualidade e alunos dedicados”.
O governador do estado, Sérgio Cabral, visitou a escola e em seu discurso a alunos, moradores, pais e professores, prometeu um notebook para cada estudante do estabelecimento. “O que vocês encontraram aqui é totalmente diferente da realidade das escolas do estado. Aqui, vocês vão aprender a ser empreendedores. Por isso sei que vão curtir e cuidar de cada metro quadrado e se dedicar muito para saírem com uma formação extraordinária”.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Amazônia
Floresta perdeu 1.848 quilômetros quadrados entre agosto de 2010 e abril deste ano; situação é pior em MT
19.05.2011
Catarina Alencastro, O Globo
O desmatamento na Amazônia cresceu 27% entre agosto de 2010 e abril deste ano, se comparado ao período anterior. Dados do sistema de monitoramento por satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que 1.848 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados, contra 1.455 quilômetros quadrados desmatados no período anterior.
O maior problema foi registrado em Mato Grosso, grande produtor de soja do país, como mostrou ontem reportagem do GLOBO. Foram destruídos no estado 733 quilômetros quadrados de mata nativa nos últimos nove meses, acréscimo de 47% em relação ao total anterior.
Só nos meses de março e abril, os satélites detectaram 593 quilômetros quadrados de novos desmatamentos no estado, 475% a mais que nos mesmos meses do ano passado. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou o desmatamento em Mato Grosso como "assustador" e "atípico". Segundo ela, não há elementos suficientes para relacionar o fenômeno com as incertezas em torno do Código Florestal, que será votado na Câmara.
— Ainda não sabemos o que está acontecendo. Quem vai informar detalhadamente são os secretários de Meio Ambiente dos estados e o que nós estamos apurando na base. Quero dizer claramente: quem apostar no desmatamento para botar boi vai ter seu boi apreendido e destinado ao programa Fome Zero. Quem apostar no desmatamento para plantar vai ter sua produção apreendida e destinada ao programa Fome Zero. A ordem é sufocar o crime ambiental — disse a ministra, que montou um gabinete de crise para acompanhar diariamente a região.
Para o Greenpeace, no entanto, a expectativa de afrouxamento do Código tem levado produtores a devastarem rapidamente áreas que podem vir a ser legalizadas com a aprovação do novo texto. Isso porque os satélites não registraram aumento do desmatamento em Unidades de Conservação, o que para a ONG significa que a destruição vem ocorrendo nas locais privados.
— O desmatamento foi registrado em área privada, o que demonstra muito claramente uma aposta na anistia — avalia Nilo D’Ávila, coordenador de políticas públicas do Greenpeace.
Para conter a sangria na floresta, o governo anunciou ontem que, além dos fiscais do Ibama, a Polícia Federal e a Força Nacional atuarão em operações de combate ao desmatamento, totalizando 546 homens. O governo avalia a adesão do Exército. Estão previstas 280 operações para os próximos meses.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
Feira na Escola Mestre Lucindo-Capanema-Pará
Foto: Prof. Benedito
Feira cultural realizada pelos alunos da Escola Estadual Mestre Lucindo no mês de Dezembro de 2010.
Feira cultural realizada pelos alunos da Escola Estadual Mestre Lucindo no mês de Dezembro de 2010.
Para todos os filhos e filhas
"Se um dia, já homem feito e realizado, sentires que a terra cede a teus pés, que tuas obras desmoronam, que não há ninguém a tua volta para te estender à mão, esquece a tua maturidade, passa pela tua, mocidade, volta a tua infância e balbucia entre lágrimas e esperanças, as últimas palavras que sempre te restarão na alma: MINHA MÃE. (Rui Barbosa)